Tintim - Na África (Hergé)

Por Caio Ferraro 

3ª atividade sobre a questão do negro. Utilizar essa obra já é fator de discussão, já que há 3 anos um congolês move processos contra a publicação da edição original por afirmar que retrata os africanos como "crianças imbecis e sugeri que os negros não evoluíram." (Matéria do Universo HQ) Podemos iniciar o debate já na idéia de evolução, que por si só já representa uma afirmação ocidental do que é evoluir. Selecionei 3 páginas do álbum m questão e distribuí para todos os alunos. O centro do debate foi o estereótipo do colonizador, a missão civilizadora e a própria história do Congo Belga, a partir da estrutura social anterior à colonização, falando de outras regiões africanas que tiveram grande presença no quadro escravocrata brasileiro. A tentativa era demonstrar aos alunos que a cultura africana é rica e influenciou diretamente na cultura do Brasil, ideía contrária à missão civilizadora dos países europeus. Por fim em esquema expositivo apresentei a eles a História do Congo Belga após a independência , ressaltando a presença da estrutura de poder, criada pelos belgas no país,  mesmo após sua "saída". 

Talvez alguém ache estranho a maneira superficial como trato cada temática aqui, mas vale ressaltar que minha intenção não é colocar aulas prontas, apenas expor o material e a forma como o trabalhamos em sala de aula. A partir de cada material que publicamos as possibilidades são infinitas. 

 

  

 

Essa última página não foi utilizada em sala de aula. Quando apresentei este trabalho ao Observatório de Histórias em  Quadrinhos da USP um colega professor me chamou a atenção para a versão original deste albúm que apresentava outra temática na aula de Tintim que não a matemática. Infelizmente jamias consegui encontrar a edição original. Se alguém puder me ajudar, por favor!

"Aqui é a sala de aula. No centro, nossa capela. Há um ano, quando nos instalamos aqui, havia apenas a floresta."

 "Que maravilha o trabalho dos missionários!"