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segunda-feira, 16 de maio de 2011

A polêmica da linguagem coloquial - Turma do Xaxado (Antonio Cedraz) & Chico Bento (Maurício de Souza)



por Caio Ferraro
 




 Melhor seria se o "Zé Pequeno" (personagem da tirinha acima) indagasse aos jornalistas: Oxente moço! O sinhô é jornalista ou é professô?

Durante a semana anterior uma reportagem gerou polêmica. Intitulada "Livro distribuído pelo MEC defende errar concordância." , esta matéria foi uma entre tantas outras condenando o livro didático "Por uma Vida Melhor", da ONG Ação Educativa. A partir de uma manchete dessa o leitor já julga ser um "absurdo", uma "afronta" à língua portuguesa! 


Em uma matéria breve e limitada o repórter consultou o MEC, dois "especialistas" e formulou seu título sensacionalista, sem de fato estudar o material que estava condenando. Há anos os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) vem refletindo novos preceitos pedagógicos, magníficos na teoria, mas em grande parte impossíveis na prática, sobretudo graças ao preconceito da sociedade em relação a novos métodos de aprendizagem, como essa reportagem por exemplo.  Procurei e não encontrei a Nota dos autores em resposta à polêmica, mas disponibilizo a quem se interessar: Nota ONG Ação Educativa - Heloisa Cerri Ramos, Cláudio Bazzoni e Mirella Cleto, explicam categoricamente os objetivos do livro direcionado para o EJA (Educação de jovens e adultos).


Chico Bento e a Turma do Xaxado são exemplos básicos de quadrinhos que valorizam a linguagem coloquial, sem ensinar ao leitor que o mundo deve ser uma inifinita dicotomia, o certo e o errado. A linguagem do caipira paulista e do sertanejo nordestino são parte crucial das obras; e por essa razão é fonte de estudos acadêmicos, além de material comumente usado por professores de Língua Portguesa que conseguem vencer o preconceito. 

Um exemplo de plano de aula disponível na internet: Aula Chico Bento por Natania Nogueira.


  
  



A quem interessar uma linguagem acadêmica acerca do assunto, vale a pena gastar 15 minutinhos para ler o excelente artigo da Profª. Drª. Vânia Maria Lescano Guerra - UFMS.
O ensino reflexivo da leitura e da escrita

Um comentário:

  1. Caio, a visualização ficou didática e perfeita. O que estamos verificando é uma massificação de comentários, geralmente de pessoas que não se detiveram à análise isenta, apenas para rechaçar tudo o que venha do governo, seja ele quem for. Assim, pseudos formadores de opinião são meros retransmissores desinformados da mídia nem sempre confiável em suas intenções, dai a celeuma instalada. Caso análogo verificamos no decantado "kit gay", quando, ao assisti-lo só entendi o quanto somos intolerantes e preconceituosos, não tendo o material o objetivo de proselitismo à causa homossexual, como advogam os moralistas. A homossexualidade não se faz pela propaganda, assim fosse que desliguem todos os aparelhos de televisão durante as novelas.

    Belo artigo,

    abraços do seu pai,

    Ediloy

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